Do programa preliminar proposto, relevamos a vontade de adaptação de um posto de transformação de energia, desactivado, a um espaço de contemplação e silêncio, aberto à comunidade local e de apoio à dinâmica pastoral da comunidade religiosa que o integra.
Um volume paralelepipédico com 25m2 de área e uma altura interior de 4 metros, constitui o suporte e oportunidade de regeneração de um espaço desvitalizado. Procurou-se a forma envolvente e unificada em torno do altar restituindo tangibilidade às reformas profundas do Concilio do Vaticano II.
Propôs-se a reorganização espacial interior da primitiva área técnica, filtrando a luz exterior e revestindo as paredes de branco… Um banco em madeira de riga abraça o espaço, convocando a identidade de uma comunidade reunida em torno de um altar.
No exterior, uma estrutura metálica de ferro e arame zincado conduzirá o revestimento final em planta trepadeira caduca, re-caracterizando o volume primitivo. O revestimento final exterior em vinha virgem, procura no ciclo das estações e na metáfora bíblica do “Vinhateiro” a dimensão universal da Igreja.
Ficha técnica
Arquitectura
– Bernardo Pizarro Miranda
– Miguel Gorgulho
– Dina Gonçalves Ferreira
Inst. Eléctricas
– Ruben Sobral
Promotor / Proprietário
– Escravas do Sagrado Coração de Jesus
Empreiteiro
– Caió-Construção Civil Lda.
Fotografia
– ©DMF
– João Norton
– Bernardo Pizarro Miranda
palmela, 2005